Fisioterapia na Osteoartrose
A osteoartrose (OA) é uma doença crônica de progressão lenta resultante do processo de deterioração da cartilagem articular.
A cartilagem articular diminui o atrito entre as superfícies ósseas durante o movimento, e exerce função de absorção de choque/impacto quando as articulações são submetidas a forças de pressão.
Com o envelhecimento ocorre um aumento da rigidez do colágeno presente na cartilagem, diminuição da função reparadora dos condrócitos e menor resistência mecânica.
Na OA ocorre perda da integridade da cartilagem comprometendo a articulação como um todo (ligamentos, cápsula, tendões e músculos).
A Osteoartrose Primária aparece em pessoas com predisposição genética independente de fatores externos.
A Osteoartrose Secundária pode surgir frente à obesidade, lesões meniscais e traumáticas, uso ocupacional repetitivo, atividade esportiva de alto impacto, mau alinhamento articular e fraqueza muscular.
Acomete preferencialmente o sexo feminino (IFD, joelho e quadril).
A incidência desta patologia aumenta com a idade.
Afeta as articulações periféricas e axiais, mais freqüentemente as que suportam peso.
O quadro clínico da OA é caracterizado por: dor, rigidez matinal (menor que 30’ ou após repouso), diminuição da ADM, creptação óssea, atrofia muscular. No joelho em fase avançada aparece deformidade em varo ou valgo.
Na radiografia observa-se: estreitamento do espaço intra-articular, formações osteofíticas, esclerose do osso subcondral, cistos subcondrais e alargamento ósseo.
O alargamento ósseo ocorre pela alteração da capacidade para absorver o impacto. Esse distúrbio na absorção do impacto articular também faz com que o osso comece a fissurar, os fragmentos ósseos das fissuras geram a creptação articular.
Na avaliação fisioterapêutica colhe-se a história do paciente com OA, faz a inspeção articular (edema, alargamento, creptação, alinhamento), mensura a ADM pela goniometria, quantifica a força muscular com teste muscular manual ou com dinamômetro manual, bem como avaliação isocinética (concêntrica, excêntrica, isométrica e proprioceptiva). A avaliação funcional também é feita através de questionários como o Womac, Indice de Lequesne, avaliação da qualidade de vida através do Health Assesment Questionaire (HAQ), Sort Form 36 (SF 36) e/ou Whoqol
Os objetivos do tratamento são: redução da dor articular, aumento da ADM e flexibilidade, aumento da força muscular, melhora do equilíbrio (OA em membros inferiores), melhora da propriocepção, melhora da qualidade de vida e do condicionamento físico global.
Os recursos utilizados pela fisioterapia são: frio, calor, tens, ultrassom, laser, estimulação elétrica, cinesioterapia (solo, água) e proteção articular.
A fisioterapia aquática mostra-se benéfica pelo efeito físico da imersão do corpo, em que ocorre diminuição do peso sustentado pelas articulações que recebem carga. Tem-se melhora da dor, da flexibilidade, da resistência muscular, da coordenação motora, do equilíbrio, da postura, enfim; da capacidade funcional.
O fortalecimento muscular é imprescindível, pois músculos fortes ajudam a decoaptar a articulação liberando espaço intra-articular. Os exercícios isotônicos não devem exceder a resistência submáxima. Exercícios isométricos são úteis quando o movimento articular é doloroso ou contra-indicado. Exercícios isocinéticos são realizados com velocidade angular constante.
Estudos, apud Silva et al (2007), mostram que na OA moderada o fortalecimento com isometria diminui de forma significativa a dor articular
Zacaron (2006) em sua pesquisa com quinze pessoas com OA bilateral de joelhos, 65-80 anos, com marcha independente, e quinze indivíduos assintomáticos, através de teste da performance dos músculos quadríceps/isquiotibiais (Q/I) com dinamômetro isocinético, encontrou redução significativa do trabalho do quadríceps no grupo OA. Essa diferença na relação Q/I pode predispor o grupo muscular mais fraco á lesão. A diminuição da atividade do grupo extensor do joelho pode estar relacionada ao edema articular e a posição em flexão, a qual corresponde á posição destravada da articulação. Desta forma, supõe-se que a não extensão seria uma estratégia antálgica gerada pela inibição do quadríceps
O fortalecimento muscular é imprescindível, pois músculos fortes ajudam a decoaptar a articulação liberando espaço intra-articular. Os exercícios isotônicos não devem exceder a resistência submáxima. Exercícios isométricos são úteis quando o movimento articular é doloroso ou contra-indicado. Exercícios isocinéticos são realizados com velocidade angular constante.
Estudos, apud Silva et al (2007), mostram que na OA moderada o fortalecimento com isometria diminui de forma significativa a dor articular
Zacaron (2006) em sua pesquisa com quinze pessoas com OA bilateral de joelhos, 65-80 anos, com marcha independente, e quinze indivíduos assintomáticos, através de teste da performance dos músculos quadríceps/isquiotibiais (Q/I) com dinamômetro isocinético, encontrou redução significativa do trabalho do quadríceps no grupo OA. Essa diferença na relação Q/I pode predispor o grupo muscular mais fraco á lesão. A diminuição da atividade do grupo extensor do joelho pode estar relacionada ao edema articular e a posição em flexão, a qual corresponde á posição destravada da articulação. Desta forma, supõe-se que a não extensão seria uma estratégia antálgica gerada pela inibição do quadríceps
As órteses devem ser avaliadas quanto a necessidade para redução da sobrecarga articular e/ou repouso da parte afetada.
O tratamento farmacológico envolve analgésicos; antiinflamatórios; drogas condroprotetoras - Sulfato de Glicosamina, Diacereina, Ácido Condroitin e os Insaponificados de Soja e Abacate.
Tratamento cirúrgico: osteotomias e artroplastias.
fisioterapeuta
Referências Bibliográficas
SILVA, et al. Estudo comparativo entre a aplicação de crioterapia, cinesioterapia e ondas curtas no tratamento da osteoartrite de joelho. Acta Ortop. Brasileira, 2007.
ZACARON KAM. Nível de atividade física, dor e edema e suas relações com a disfunção muscular do joelho de idosos com osteoartrite. Rev. Bras. de Fisioterapia, v. 10, n. 3, jul/set 06
http://www.osteoartrose.com.br
0 comentários:
Postar um comentário