Doença de Parkinson: manifestações clínicas e reabilitação física

3:06 PM Posted by Michelle S Lima

          A Doença de Parkinson (DP) ocorre pela deficiência do neurotransmissor dopamina,  consequente  a degeneração dos neurônios da Substância Negra.
         Acomete ambos os sexos tornando-se mais comum com o avançar da idade. Distingue-se duas categorias: Parkinson Idiopático (causa desconhecida) e Síndrome Parkinsoniana (Parkinson secundário com causa identificável). São exemplos de transtornos que podem causar sintomas similares aos da enfermidade de Parkinson: Parkinsonismo pós encefalítico, Parkinsonismo induzido por medicamentos, Parkinsonismo pós traumático, Hidrocefalia com pressão normal, Paralisia supranuclear progressiva, Degeneração córticobasal, Demência dos corpos de Lewy etc.
         Os três sinais clássicos da DP são: rigidez, bradicinesia e tremor. Os sintomas tornam-se evidentes quando 40% a 60% dos neurônios dopaminérgicos da Substância Negra se degeneram. Até então, o cérebro tenta compensar a perda através do fenômeno da Neuroplasticidade.
         A rigidez é caracterizada como "peso e dureza" dos membros. A bradicinesia se traduz por uma redução geral de movimentos, com grande dificuldade nos movimentos automáticos.
        Outros sinais e sintomas da DP são: alterações posturais, diminuição das reações de equilíbrio e endireitamento, acinesia e episódios de congelamento que é uma incapacidade repentina para se mover.
        A postura tende a ficar anormal, tipicamente flexionada. Os músculos adutores e flexores (membros superior e inferior) tornam-se seletivamente mais contraídos.
         A marcha festinada pode ser causada pela alteração nos ajustes compensatórios quando ocorre  o desequilíbrio corporal.
         Não há cura para a doença. O tratamento consiste em medidas farmacológicas, acompanhamento multiprofissional e  possível intervenção cirúrgica.
         O exercício para pessoas com DP é indispensável para a manutenção ou melhora da execução das atividades de vida diária.  Estudos mostram que o exercício induz o cerébro a usar a dopamina de forma mais eficiente,  também aumenta os fatores neurotróficos.
         Os três componentes principais a serem trabalhados são alongamento, atividade aeróbia e resistência.
         Para diminuir a rigidez, a fisioterapia emprega técnicas de Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva (PNF) e Bobath. No geral, trabalha-se  movimentos amplos, respiração, postura, dissociação de cinturas escapular e pélvica, coordenação motora, resistência, fortalecimento, equilibrio  e marcha.
        Atividades que simulem o dia a dia da pessoa estimulam confiança e independência.
        A Dança, o Tai Chi Chuan e o Yoga são medidas alternativas  que contribuem para  melhora da  capacidade funcional e qualidade de vida. 

Site da Associação Brasil Parkinson
http://www.parkinson.org.br/firefox/index.html

Artigos sobre Doença de Parkinson

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http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2972300/?tool=pubmed

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http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X2009000400003&lng=pt&nrm=iso

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